quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Constantin Brancusi




Escultor abstracionista romeno nascido em Hobita, considerado o pioneiro da escultura abstrata, sendo seu primitivismo o ponto de partida de uma tradição escultórica que se mantém viva sobretudo entre escultores ingleses. Descendente de uma família de camponeses, na infância foi pastor de ovelhas e aprendeu a ler e escrever sozinho. Em contato com a arte popular romena do entalhe em madeira, estudou na Escola de Artes e Ofícios de Craiova (1894-1898) e, como bolsista, na Escola de Belas-Artes de Bucareste (1898-1902). Após breve permanência em Munique, foi a pé para Paris (1904), onde estudou com Antonin Mercié (1907) e fez contatos com artistas de vanguarda, como Max Jacob, Apollinaire, Picasso, Léger e Modigliani. Em Paris redescobriu a escultura primitiva e uma forma mais táctil do que visual de abordar a sua arte e no desenvolvimento da mesma privilegiou a simplicidade formal e a coerência à expressividade das figuras. Seus mais notáveis trabalhos foram Le Baiser (1908), uma das suas esculturas mais famosas, La Muse endormie (1908), Prométhée (1911), Le Nouveau-Né (1915), Le Commencement du monde (1924). Os Oiseaux, uma série que vai desde o primeiro Maiastra, pássaro do folclore romeno, em mármore, hoje no Museu de Arte Moderna de Nova York, teve 28 versões (1912-1940). Também se tornou notável um conjunto de esculturas monumentais ao ar livre para a cidade romena de Targu-Jiu, dominado pela Colonne sans fin (1937-1938), em metal dourado e com mais de trinta metros de altura. Morreu em Paris, França (1957).